domingo, janeiro 20, 2013

Zero

Todo o dia,
Toda a noite,
Quando as luzes se apagam,
Nada.

Toda a raiva,
Toda a sorte,
Quando o dia nasce,
Nada.

Rios de ninguém em terras quebradas,
Noites ausentes de pegadas molhadas,
E não, não vieste. 
Não, não chegaste.
Não bateste à minha porta,
E por fim te entregaste.

E quem te disse que as pedras rolavam?
Quem te disse que as águas se erguiam?
As nossas mãos, essas voavam,
Profundamente gritavam,
No vazio.

Árvores Caídas, folhas saídas,
Lumes ardentes, terras incandescentes.
E por fim, onde estás? Por quem te vendeste?
Deixei o bilhete na porta,
Aquela que nunca bateste.

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