Desisto.
E aquela vaga sensação de incerteza de quem está completamente sedado pela vida, apaga-se de novo pela crença que as pequenas cinzas incandescentes já não conseguem reacender, nem de perto nem de longe a fogueira alta que construímos. Ela percorre-te como um veneno nas veias, atacando cada órgão teu como se fosse a última substância vital a que estivesses agarrado, e suga-te o último pedaço, o derradeiro.
Usar.
A sensação é de reciclagem. Usa, deita fora, torna a usar. Duro não é? Mas é a lei da vida. Quantas vezes não fizemos isso? Quantas? É claro que com a mesma pessoa ou na mesma situação, isso dificilmente foi, mas quantas vezes não fizeste o mesmo com várias pessoas na tua vida, ou apenas usas-te? Sabes?
É difícil admitir isso e moldamos uma figura de nós próprios no qual parecemos atingir um grau perfeito, apenas porque o mundo que vemos é realmente visto por nós.
Humildade.
É a maior virtude que se pode ter, saber quando se tem de dobrar, mas não confundamos com rebaixar, porque ser humilde é também reconhecer quando se faz bem o suficiente, embora não exaltarmos em demasia. E quantas vezes o fazemos? Pois aí há uma verdade: na maioria das vezes achamos que o fomos, quando não o fomos. Chega a ser idiota, a ser convencido, a não saber reconhecer-se. Passamos o dia todo nisto, a olhar os outros. a criticar e a ver-nos ao espelho como algo perfeito, sem noção do real.
Sentido.
E dar um sentido à nossa vida? Pensamos sempre no curso, na namorada, nos filhos, é nisso que pensamos, uns mais outros menos, de maneiras diferentes. Pensamos também em fama. Sim, a fama! Todos queremos de algum modo ser famosos e ambicionamos sê-lo. É bom admitir isso. É bom dizê-lo. Mas que sentido dar?
Mais.
Precisamos sobretudo de entender os outros. Compreender que não somos iguais, temos diferenças de personalidade, de crenças, da maneira de como vemos o mundo e de mil e uma coisas tão distintas que torna o universo melhor e mais completo. Mas claro que há coisas que nos impedem de compreender...
O medo.
É o medo e sempre à roda do medo. A falta de confiança, a perda de discernimento, o medo. Receamos tudo de todas as maneiras e claro, como orgulhosos que somos, pretendemos mostrar o mínimo. Temos medo de arriscar sem saber que é uma jogada segura, sem saber que temos a maior probabilidade de ganhar. Temos medo de lançar os dados e escrever a pontuação final.
Winners.
Acabo em inglês como comecei no título, sabendo que é importante vencer. Triunfar na vida é algo que nos preenche e no qual todos temos de obter. Uma pessoa que nunca triunfou é uma pessoa perdida, psicologicamente acabada e sem motivos de interesse ou partilha. É uma pessoa ferida, que se alimenta de outras coisas para viver. Precisamos todos de vencer. E para isso apenas podemos diminuir a algumas palavras: superação, cuidado, confiança, amor.
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