Todos os dias tu perdes e ganhas. Todos os dias tu vives e morres. Pelo menos um pouco de ti ganha, ou um pouco de ti perde, ou um pouco de ti vive ou até morre. Todos os dias tu és confrontado com estas ideias. E todos os dias tu segue-as sem consciência delas.
Às vezes precisamos de derrotas na vida para perceber a importância das vitórias, para saber saborear tudo o que se passa à nossa volta. Pois, eu hoje perdi.
Perdi porque tudo o que eu achava que conseguia superar hoje, não superei e vou procurar outra vez maneira de fazer isso acontecer, maneira de ser feliz. Perdi porque não me acho suficiente bom para as minhas expectativas, não me acho suficientemente bom quando olho para aquela pessoa, ou quando penso que devia ter feito de determinada maneira, onde os melhores atingem o topo. Eu passo a vida no quase.
Não sou suficientemente bom para aquilo que traço. Ou se sou, não estou contente e podia ter sido mais. Eu queria ser melhor! E não sou.
E as razões podem ser várias: falta de capacidade interior, de aplicação, de honestidade comigo mesmo. Talvez eu devesse pensar melhor naquilo que quero, com quem quero, como quero. Porque vivo eternamente no se. E eternamente no quase.
Sim, hoje sinto-me derrotado e inválido. Deitei para o ar o esforço que devia ter sido maior e sei que só vou poder voltar a voar para o ano. E é frustrante ver que as décimas contam, mas a culpa não deixa de ser minha. E a culpa é minha!
Não vale a pena lamentar, claro, mas não deixa de ser algo para pensar. E hoje sinto-me mal. Por mim e porque deveria ser melhor. E se não atinges o potencial ficas assim, frustrado. Eu devia ser melhor.
E agora só preciso de voltar a ganhar vida para o que falta, para pelo menos tentar ser feliz. Mesmo que a vida não me deixe, ou que eu ainda não tenha percebido onde encontrar a felicidade.
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