Marcho em direcção ao Norte
Nada sei de nada
Nem as horas poderei saber
Obrigaram-me a saltar da cama
Esses cães do poder
Metralhadora em punho
Olhar desconfiado
Percorro o meu caminho
Em passo apertado
De quem não está sozinho
Mais uma bomba,
Mais um avião
Carnificina Degradante de quem não tem,
Nem Pátria nem sangue,
De quem não marcha com o teu nome
Nos lábios rugosos do ser.
E me acha neste mundo denso e profundo
Descoberto e incerto
De quem outrora foi e julgar parecer
Agarrando cada bala,
Cada bomba, cada arma
Com a força indestrutivel do exército
Faço dos braços meu motor
Das balas minhas garras
Combato por amor,
E sem escudos ou espadas.
Carlos Padrão
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