quinta-feira, novembro 11, 2010

Cirurgia ao Ser

O mundo reserva ao ser
A beleza de interpolar uma rima
Uma lembrança... um pensamento
Algo que não sai de cima

Da minha mente perdida,
No meu corpo dolente
Que finge secretamente
A dor que não sente.

Diz Pessoa, afirma e sublinha
Dor que é dor num poema
É demasiado fingida
E nos faz pensar o tema.

E afinal o que somos nós?
Restos de poeiras cósmicas
A boiar no universo do pensar
Na universalidade do pesar

E reescreve a minha alma
Atenta e firme
De quem fala, sente e pensa
Dentro do meu ser Sublime

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