Era. Bastava falar.
Era bom?
Era. Bastava partilhar.
Mas consentimos ficar calados, na mais profunda dúvida...
Mentira. Eu abri a porta, mas não estava ninguém. Ou se estava, estava nos arbustos escondida. E eu não vi, pois teria a vontade suficiente para te arrancar dos arbustos e trazer-te para a fogueira da sala de madeira, da casa que não tem paredes. E sim, talvez seja a palavra desistir que mais percorra o ar da minha atmosfera, porque para mim, basta...
Esperava mais, espero mais, sou exigente, não quero, nem queria que assim fosse diferente. Queria que fosse exactamente como é para que eu saiba se é realidade. Pois eu não sei... e mais que não saber tenho a certeza de não saber o que tu és, como és. É difícil compreender? Pois, não temos sido claros.
E chega a hora de dizer basta, de deixar os outros correrem atrás de ti, porque eu não posso. Não posso correr quando o faço de jeans e t-shirt e os outros parecem destinados a vencer com as sapatilhas de marca e os calções de fibras-não-sei-quê. Sou fraco? Sou. É evidente, mas prefiro chamar cauteloso, porque nem sempre foi fácil viver magoado, o que me tornou orgulhoso. A sério, eu tentei. Tentei abrir a porta. Mas o hall ainda só tem as minhas botas encostadas a um canto e nem há sinais sequer do teu perfume.
E não vale a pena escrever muito mais sobre aquilo que não tem história. Eu tentei de alguma maneira fazer parte da tua, mas o livro parece demasiado grande para assumir a personagem principal...
Não faz mal, vou esperar para que saia o filme!
E vou esperar sobretudo que o guião mude, ou então que mude eu o guião.
O teu ou o meu? O dos dois, pois se mudar o meu vou mudar o teu e se mudar o teu, vais mudar o meu.
E opiniões e criticas? Vão surgir, muitas e muitas, mas não me preocupa se eu sou demasiado isto ou demasiado aquilo, se devia fazer isto e aquilo.
Porque eu é que escrevo o meu guião. E já decidi que vai ter um final feliz.
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