sexta-feira, novembro 09, 2012

O Poço da Fome

Não acabou.
São mais de 10 mil olhares envergonhados, de um pão que não comeram, mais de 10 mil rostos que não vêm uma refeição quente em casa. Passam fome, dificuldades!
Mas onde?! Onde estão os direitos da criança, os direitos humanos, a vergonhosa política de cortes sobre o povo, quando continuamos com um dos maiores números de deputados por pessoa e que continuam a receber subsídios disto e daquilo.
É um país onde o privado é apoiado como o público, um país onde a vergonha de ver subsídios atribuidos a colégios e Ensinos Superiores Privados, onde estudam os filhos desses empresários e políticos, donos do nosso destino, quando a Universidade de Coimbra está em risco de derrapagem financeira devido aos cortes! 
O Estado não protege, o estado não se preocupa com as pessoas. O Estado preocupa-se em cortar no essencial e continuar a gastar no dispensável. Será que não conseguimos abrir os olhos? Será que não vamos sair para a rua? Onde estamos nós, fechados em casa?
Lembram-se d' "O povo unido jamais será vencido"? Pois continuamos vencidos, desagregados, sem espírito, sem organização. Pois quando o povo se organizar, o país é do povo, e tem a capacidade de decidir e mudar. Mudar em quê? É dificil mudar e encontrar um sistema diferente deste, mas o sistema político tem de ser limpo! Tem de ser banido qualquer cadáver e parasita que se alimenta do valor do Estado.
Meus senhores, as crianças passam fome, e só com a ajuda de cafés e cantinas públicas é que estamos a tentar ajudar, a tentar fazer alguma coisa. Crianças que passam fome! Mais de 10 mil. Mas alguém tem noção do número? 10 mil pessoas são mais que aquelas que vivem no concelho de Mortágua, quanto mais em idade de nutrição!
Mas para quando vamos sair deste buraco, ver uma luz ao fundo e abandonar velhos hábitos?
A emigração sobe exponencialmente, enquanto as exportações caiem. O desemprego sobe também como se nada fosse e as greves são uma constante. É preciso mudar, lutar, gritar na rua.
Caminhamos a passos largos para um estado de alerta social, uma sucessão de desacatos, uma situação quase incontrolável, onde tudo pode ser possivel, graças ao caos social para que somos arrastados.
É vergonhoso. Precisamos de encontrar a corda para subir... ou para nos enforcar-mos definitivamente como país morto e sem perspectivas. Sejamos Guerreiros!

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