segunda-feira, novembro 12, 2012

Acredita

Organizam-se.
Em matilhas fechadas, como lobos receosos de caçadores, de espingardas apontadas e em riste, procuram por entre o arvoredo as coisas estranhas que nos dizem. (Eles sabem)
É hora.
Tempo de reinventar novas estratégias, de inovar novas plataformas, crescer com novas ideias sempre assentes na base da raiz que raramente te fala, a raiz que te alimenta no silêncio e te faz acreditar que ainda há tempo. (Eles dizem)
Procuro.
Ilusões, motivos, preocupações que me ocupem o tempo, me façam levantar do chão que caí, com as bofetadas que saíram da tua boca, uma e outra vez, como que de uma sova se tratasse e enchem as paredes da minha casa de dor, sangue e honra.
Descubro.
Mundos novos, sensações novas, dúvidas novas. Perder e ganhar, perceber e desentender, arrumar e espalhar. Pintar as paredes de casa com tinta nova, percorrer um a um os precipícios, derrubar as pedras necessárias, ordenar as casas, olhar o horizonte.
Isolo-me.
Procuro dentro de mim a força, retiro-me para o interior do ser, balançando a cabeça de ideias, enquanto penso no que posso ou não fazer e avalio-me, julgo-me e resguardo aquilo que de bom fiz para que possa ter a força de crescer.
Luto.
Saio. Pego na espada de osso e carne moldada ao meu corpo, falo, grito, esperneio mas não me fico. Em tempos de crise reergo-me as vezes necessárias para ser um homem bom, para lutar pelo que é meu, sobre todas as dúvidas, e todos os acontecimentos necessários para descobrir o lado bom, o lado que devia ser sempre o plausível sem medo de errar, pois a Luta e o Amor são iguais e por vezes se confundem, na adversidade das causas, na mesma forma indefinida de como começar e na incerteza de uma vitória.
Acredito.

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