sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Principessa.

Bonjorno Principessa. É o filme que marca uma época e que para mim, é um filme de eleição e considerado dos melhores de sempre. É comico-trágico, uma metragem em que Roberto Benigni (realizador e actor) protagoniza o papel de Guido Orefice, judeu, que procura conquistar a sua principessa, Dora, protagonizada por Nicoletta Braschi, uma professora primária.
A personagem de Guido Orefice, pai amoroso e muito inteligente, é servente de mesa junto com o seu tio, e coloca charadas a um cliente, o dr. Lessing, que mais tarde voltam a ter um encontro no minimo estranho e inesperado.
Para quem não está enquadrado, este filme expande-se ao longo da 2ª Grande Guerra Mundial, época de perseguição cega aos judeus nas ditaduras de Benito Mussolini e Adolf Hitler que consideram a raça Italiana e Ariana como puras e superiores a qualquer raça.
Guido Orefice consegue fazer Dora desistir do casamento com o Perfeito da Camara Municipal da cidade, o que resulta numa união entre os dois que mostra um amor diferente, sempre cuidado e muito partilhado entre os dois. Dessa união vai nascer o pequeno Giosuè, ou em português Josué ou José.
Pai, filho e o tio de Guido são levados para um campo de concentração e aqui começa uma das maiores e melhores cenas de cinema e da coragem de um homem. Mas nesta viagem Dora também embarca provando novamente o amor que tem por Guido.
Então para Josué, inicia-se aqui um grande jogo segundo o pai. É preciso fazer mil pontos e todas as torturas sofridas pelos judeus são escondidas pelo pai, como jogos. Por exemplo, quando o general alemão vai explicar as regras do campo, Guido oferece-se para a tradução para dizer que aquilo é um jogo, que não devem pedir comida, para que o filho não se aperceba do horror que aquilo envolve.
É o desenrolar da acção conseguimos perceber que Guido consegue sempre ocultar a verdadeira razão.
Guido encontra o seu cliente de vários anos que é doctor no campo de concentração. O doutor parece disposto a ajudar Guido, mas depois tudo se torna apenas num meio para conseguir desvendar uma charada. Guido desespera e vê como naquele caso, um problema tão grave como o dele é submetido para segundo plano.
O fim trágico com a morte de Guido no último dia que o campo é controlado por fascistas, é um abalo para os espectadores do filme, mas que nos deixa com o sorriso o facto de Josué conseguir o primeiro prémio: um tanque de guerra real que aparece vindo do Exército dos EUA.
Uma história que mostra como a vida é mesmo bela, e a grande inteligência de Guido ao conseguir ocultar aquele verdadeiro horror, e como consegue tornar a vida perfeita para a mulher e para o filho. Um filme que aconselho a ver, um livro que aconselho a ler.
A força de um home resiste a qualquer guerra.
Arrivedeci, Principessa*

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