Pedra,
Rua escurecida, sinais intermitentes
Dias divergentes na calçada da vida.
Em arcos e vãos distantes,
Fazem de nós factos marcantes,
nas ruas de uma cidade.
São os Heróis da noite,
As jogadas afiadas dos tempos correntes,
As vozes de quem não tem o que gritar,
Os horrores das nossas gentes
Quem não sabe o que ganhar.
Luz,
Figuras contorcidas distantes,
Rasgam o céu e a cidade,
Ousam certas facas
Brilhar como diamantes.
E ninguém fala, ninguém pia,
Porque para ver a luz do dia,
O silêncio é o segredo,
A chave desta peça,
O actor neste enredo.
Pela manhã,
A criança sorri contente,
Pelo pão que tomou,
Olho por olho, dente por dente,
Mal sabe ele, onde o Herói o arranjou.
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