domingo, maio 26, 2013
Emprego em Saúde?
Emprego.
Geramos ou não emprego em Saúde? O que pode o Estado controlar e o que não controla?
Se geramos emprego? Sim, os dados estatísticos comprovam aberturas de clínicas e hospitais por todo o país, embora no domínio do privado, mas o Estado pouco ou nada tem feito para que isto aconteça... ou melhor, tem. Tem equiparado cada vez mais os preços, porque tem subido os preços na área da Saúde do sector Público, aumentado tempo de espera e por o sistema no limite do razoável.
Este Governo de Passos Coelho parece ter jeito para criar o caos no SNS e para acabar com ele, já que é isso que a pouco e pouco está a fazer, pois de tendencialmente gratuita a saúde tem muito muito pouco.
Mas falemos antes do problema que me leva a escrever este texto: o Emprego. O Emprego pode ser estimulado pelo Estado, mas neste caso particular que vos quero falar, parte sobretudo da consciência de cada um, embora estejam restringidas algumas situações em decreto de lei.
Afinal estamos a formar jovens na saúde para saírem do país? Sim, estamos. Estamos de tal maneira, que poucos ou nenhuns são captados, da maneira de como a austeridade tem actuado em cima de serviços de saúde. E na verdade podíamos captá-los.
Anos e anos de empregos que eram encontrados logo a seguir a licenciatura, anos esses que possibilitaram milhares de oportunidades de acumular funções. Foi isso que aconteceu de maneira inconsciente ou consciente por parte desses profissionais.
Começaram por exercer no público, num SNS a precisar de profissionais e depois isto levou-os a serem convidados ou a criarem eles mesmo clínicas no sector privado, já para não falar de acumularem funções devido à experiência de professor, lideres de associações, presidentes, etc.
E assim em vez de haver 10 postos para 10 pessoas, há 10 postos para 4 pessoas. E essas 6 pessoas multiplicadas pelos cargos que poderiam estar disponíveis no contexto geral (e não só saúde) dariam absolutamente para cobrir os licenciados que saem nas nossas universidades e politécnicos.
É por isso ético isto? Não deveríamos ter oportunidades iguais para todos e tentar distribuir de alguma maneira os bens, ou sejam o emprego e poder fazer com que mais pessoas tenham algum poder de compra?
Isto é fulcral na economia de um país. Baixaríamos aquela que é a 3ª taxa de desemprego maior da Europa para números bem menores, o estado poderia retirar os dividendos em impostos na mesma e aumentávamos o número de pessoas que dariam mais moeda ao mercado, além de combatermos a emigração.
Afinal somos o quê? Um país de quintas onde o que interessa é os ricos perdurarem e acumularem funções (no próprio governo!), ou estaremos em luta por um país mais igualitário e com maior consistência ética e moral?
Talvez precisássemos de medidas que doessem naqueles que controlam, naqueles que mandam no nosso país e que têm o poder económico. Precisamos de uniformizar mais a sociedade, porque estamos a destruir a classe média, e um país só pode ser avaliado consoante a classe média e não pela riqueza enorme da classe alta ou da pobreza extrema da classe mais baixa.
Precisamos de ser mais iguais, embora continuando a estimular o que deve ser estimulado e não deixar de apostar naquela que deveria ser a área que mais orgulho e mais investimento necessita: a Saúde.
"Os ricos cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres."
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