Desculpa.
Mesmo sem culpa, peço desculpa.
Estás fria, sem alma.
Dizes que mudei, que não sou o mesmo.
Mas perco a calma,
Quando tu já não subrepões sobre a minha palma,
Qualquer resto de ti.
Tenho saudades de princesas,
Contos de histórias, resmas de reis,
Sapos doidos malucos,
Principes guerreiros astutos,
Blocos de notas, livros, papeis,
E barcos navegados por comandantes brutos.
Memórias invocadas,
Rias navegadas, no septo do coração,
Na crossa da aorta, na minha veia porta,
Já não sei onde anda a razão
Saudade, é bem escrita,
Numa pequena cabanita,
Junto à raiz do coração.
E eu mudei?
Talvez o tempo me desgastou,
Fez-me mais forte, mais racional,
Mas também te tornou emocional
Como um raio de chuva que não cai
Uma corrente que não vai,
E o vento que não levou,
Sinto-me perdido, caido,
O meu coração voou,
Mas a Saudade, ficou.
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