17 de Julho de 2012. minuto 73. (2-1)
Um nome, um momento, o segundo golo de Cristiano Ronaldo fez-nos levantar em nossas casas, praças, cidades, loucos de alegria. Estava consumada uma reviravolta anunciada, sempre sofrida, bem ao jeito lusitano, mas merecidissima. Nessa noite já ninguém dormia na sala porque os Quartos eram nossos, e mandavamos de uma assentada Dinamarca e Holanda para fora do Euro. Ao mesmo tempo eliminar a selecção que ficou a nossa frente na fase de qualificação e a vice-campeã mundial é obra. Mas as vezes somos demasiado queixosos. Somos um país pequeno com prestações altissimas a nível futebolistico. É preciso recordar que sempre que fomos a fase final, passámos da fase de grupos do Europeu, e sim, nisso somos únicos, recentemente fugidos à Holanda que era a nossa acompanhante nesta façanha incrivel.
Ronaldo calou críticas, mas precisamos de recordar que não foi único. Houve um João Moutinho a tocar em todo o terreno uma orquestra que fez dos postes e de Stakelenburg (corrijam-me se estiver errado) um bombo lançando e bombardeando a sua baliza. Pepe continua, esse sim, gigante. É sem dúvida o melhor central do Euro, tirando tudo o que há para tirar e ainda criando situações de perigo iminentes, como a bola que esbarrou na barra da baliza germânica no jogo inaugural.
Críticas respondeu também Paulo Bento ou P.B., como gostam de adoptar agora nessa moda jornalistica de usar iniciais, talvez libertando um pouco a mente do que lhe vai na cabeça, e fazer perceber a união que existe e continuará a existir. Pena foi os jogadores recusarem-se a falar, embora com a sua razão na causa que defenderam, mas aposto que milhares de portugueses os queriam ouvir, a derramar palavras de felicidade sobre multidões que exultavam os heróis de Kharkiv.
Declarações bombásticas, e que embora não tenham sido ainda devidamente exploradas, são as de um tal de Platini, prevendo uma final "Alemanha-Espanha", ficando desiludido com a "Laranja" ter saído do Euro e ainda com pena dos dinamarqueses. De Portugal não falou ele, nem de outros países. Imparcialidade minima devia haver, mesmo claro, podendo torcer pela "sua" França, mas agora apoiar outras selecções?! Afinal a Uefa apoia elitismos? Há resultados feitos?
Pois, relacionado ou não com isso, estão vários casos, como beneficios à Polónia que pareceram evidentes, principalmente com os gregos, golos limpos anulados à Ucrânia frente a Inglaterra (o que fazem os árbitros de baliza?!) ou mesmo claros penalty's não assinalados a favor da Croácia contra a poderosa Espanha. Mereciam mais Ucrânia, Croácia e a própria Rússia, a maior surpresa da eliminação, pois foi bem mais afoita que a Holanda.
Com tudo isto restam-nos os Checos. O que esperar?
Um bom jogo, uma vitória em teoria (embora muito muito cuidadinho nas boas transições checas de Pilar e companhia), e nada de toques artisticos de Poborsky.
FORÇA PORTUGAL!!
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