A reactivação do Conselho Municipal da Juventude é um dos grandes objectivos delineados pelo actual executivo da Câmara Municipal de Mortágua, que trouxe novas propostas aos jovens por parte do partido do executivo e respectiva juventude partidária, entre os quais o Cartão Jovem Municipal e a implementação do Orçamento Participativo Jovem.
Não
esperaria menos da pessoa que lidera actualmente a JSD, pois devo reconhecer a
sua dinâmica e constante força que dá ao partido e à Juventude Social Democrata
em Mortágua, apesar de algumas divergências ideológicas evidentes.
Como
dirigente associativo e estando envolvido em colectividades juvenis do concelho
decidi explorar aquilo que considero um órgão de relevo para os jovens.
Reflectindo
sobre o tema, e consultando o Decreto de Lei nº 8/2009 de 18 de Fevereiro com
as alterações previstas pelo Decreto de Lei nº6/2012 de 10 de Fevereiro,
constata-se desde já os membros que compõe o CMJ, sendo eles:
·
Presidente da Câmara Municipal
(preside);
·
Membro da Assembleia Municipal de cada
partido ou grupo de cidadãos eleitores representados na Assembleia Municipal (ou
seja, PSD, PS e CDS-PP);
·
Representante do Munícipo no Conselho
Regional da Juventude;
·
Representante de cada Associação
Juvenil com sede no Munícipio inscrita no Registo Nacional de Associações
Jovens (RNAJ);
·
Representante de cada Associação de
Estudantes do Ensino Basico e Secundário com sede no munícipio (no caso, uma);
·
Representante de cada Associação de
Estudantes do Ensino Superior com sede no munícipio (ou seja, nenhuma);
·
Representante de cada Federação de
Estudantes inscrita no RNAJ cujo âmbito geográfico de actuação se circunscreva
à área do concelho ou nas quais as associação de estudantes com sede no
município representem mais de 50% dos associados (no nosso caso, nenhuma);
·
Representante de cada organização de
Juventude Partidária com representação nos órgãos do munícipio ou na Assembleia
da República (JSD, JS e JP, se não estou em erro);
·
Representante de cada associação jovem
e equiparadas a associações juvenis, nos termos do n.º 3 do artigo, 3.º da Lei
n.º 23/2006, de 23 de Junho, de âmbito nacional.
Ao
analisar tudo isto e, consultando a restante parte dos decretos de lei, estaria
convencido de um modelo participativo, semelhante à Assembleia Municipal, para
chamar os jovens ao centro das decisões, embora pudessem não ter o direito de
voto, mas sim um direito consultivo ou de observação.
Verifica-se,
no entanto, que apenas o CMJ poderá nomear o estatuto de observador a algumas
entidades ou associações que possam ser relevantes. Além disto poderão ser
convidadas pessoas de mérito e com relevência suficiente para as deliberações
do CMJ, mas sem direito a voto.
Percebe-se
a forma ordeira que está composto este CMJ, mas será necessária alguma
flexibilidade para que se torne realmente relevante pois, esta mesma composição,
poderá não ser favorável ao actual executivo camarário, embora se salvaguarde a
natureza apenas consultiva do órgão e, para que tal se torne suficentemente
considerável e significativo, terão de se superar divergências políticas.
Sugeria
também que o próprio órgão considere, quando entrar em funcionamento, uma abertura
a propostas de cidadãos que não estão representados no CMJ e procure ouvir a
comunidade juvenil que não se encontra associada a qualquer partido ou
organização, tendo para isso um período anterior às reuniões ou plenários de
apresentação de propostas a serem discutidas no CMJ, que após sucinta análise
sejam lançadas para debate no próprio órgão.
Será
ainda interessante saber que instituições e associações serão tidas em conta no
órgão e que terão assento neste Conselho, bem como os comportamentos das
Juventudes Partidárias no que diz respeito às políticas de Juventude.
E
falo em concreto para os dois principais partidos da oposição camarária e
consequentemente das suas Juventudes. Preocupa-me a pouca dinâmica das
juventudes actualmente, e conhecendo os seus lideres peço que encarem este
Conselho como fulcral para as aspirações dos jovens.
Isto
faço-o em especial para a Juventude Popular, que não partilhando de qualquer
idealogia política, espero que traga mesmo ideias concretas na pessoa do seu
líder, João Abrantes. E também deixo o recado à Juventude Socialista, que me
parece não dar sinal de vida, sem qualquer dinamismo, o que me entristece pela
necessidade que é tê-la participativa nos debates municipais e que deveria ser
o principal motor de um partido que necessita de rejuvenescer em Mortágua.
É
preciso ideias à Esquerda, ao Centro e à Direita para a fixação dos jovens e
para um desenvolvimento sustentávelmente, sendo que farei o possível para estar
a par de tudo o que resultar daqui e sem medo de dar a minha opinião pessoal
nestas questões esperando responsabilidade por parte de todos os representantes
na constituição do CMJ.
Espero
assim ansiosamente pela criação do mesmo e faço votos de bom trabalho aos
futuros representantes.
Porque
Mortágua merece,
Daniel Matos*
(*o
autor opta por escrever na antiga terminologia)
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