terça-feira, dezembro 28, 2010

Jasmim

Folha rasgada do papel queimado,
Escrevo um nome devagarinho
Como quem sussurra no céu estrelado
E cai de mansinho, no chão caiado

Os versos são simples,
A escrita é pouco elaborada
De quem apenas recorda a saudade
Que chegou pela alvorada

A carta que nunca escrevi
O selo que nunca colei
A musica que nunca ouvi
Os versos que nunca rimei

Porque agora estás no chão
Morta!
E o que me arrependo por não ter tocado
Os teus lábios de Setim
De ter contado os teus beijos de Carmim
E de não ter cheirado
O teu perfume de Jasmim.

E as minhas lágrimas são as tuas.
E a minha campa é a tua
Onde deixo as flores na jarra
Para me levares para sempre.

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