Tenta
Mas dói muito muito.
Não me mexo...
A voz cala-se.
Eu acordo
Choque.
Derrapagem a fundo
Beco sem saída
Hospital? Nao chego na estância
Os alarmes soam
Por sirenes de ambulância
Eu estou deitado
No centro do alcatrão furaz.
Junto a berma está a mota
A mota? Não. Estou confuso
A mota está espetada na parte de traz
Do carro...
Tive sorte... talvez me salve
Ou não...
Tenho medo da morte.
Da não existência
Há minha mãe digam que a amo
Por favor...
É hora da decadência.
E agora sei... agora sei que não aguento
O meu coração arde na brasa
O corpo com tremores, e eu tento
Conter uma forte explosão nuclear
Que existe no meu cerebro
Parece-me a mim um traumatismo
Mas agora não sei bem o que é
Sei que vou morrer.
Quem pensa que morre aos 20 anos?
Mais imagens da minha vida a correr
Na minha cabeça
Lembro-me de tudo hoje.
E estou no ultimo folgo
Eu sei que estou. Acho que tenho um ferro
Na barriga enfiado...
Enquanto a morte não vem, os dentes cerro
Para aguentar... para aguentar...
Branco. Tudo branco. Acabou.
Escreves mesmo bem, Daniel (:
ResponderEliminarIsto é teu? Adorei.
ResponderEliminarTenho orgulho.