quarta-feira, julho 23, 2014
Rusga
Ataram-me as mãos,
Enlaçaram-me os pés,
Chamaram-me nomes e
Atiraram-me ao chão.
Não compreendia,
Não chorava, nem conseguia,
O corpo dormente,
A mente vazia,
Da torrente, da tortura,
Do fim de uma aventura.
Gaza, Kosovo, Ucrânia,
O sítio tem pouca importância,
Os cheiros, os ritmos,
Os roubos, a ganância,
De quem de tudo nada tem,
De quem teme alguém.
A mão que treme,
A guerra que se teme,
O barulho ensurdecedor
Do silêncio, da morte,
De mais um barulho de motor,
Mais um cheiro a queimado,
Mais um dia baralhado,
Na imensidão do terror
Jaz para sempre enterrado,
Nos braços do horror,
De um golpe nunca sarado,
Na Faixa do Temor.
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