quarta-feira, setembro 14, 2011

Dar

De palavras duras é feito o mundo, não fosse este cruel e instável, como a dureza do meu nome no dominio da mesma letra eu hoje ouço e apenas partilho.
Não se trata de massajar as missangas da rapariga dos cabelos castanhos, de olhar nos olhos dela, de pegar na mão dela: o problema é um e só um: mentalidade. Os dias correm bem, outros correm mal, conclusão brilhante como só podia ser, não é? É como as palavras que eu escrevo. Agradam, não agradam... enfim.
O mundo é redondo, tem oportunidades novas aqui e além fronteiras, onde o desconhecido espreita, mas enfrento sem medo porque começo a compreender a palavra Dar. Aliás quero-me esquecer da palavra receber. Porque eu olho para o rapaz que vai descalço buscar água a um poço na Etiópia que fica a quilómetros, com o risco de ser raptado ou levar uma bala, vejo uma menina na india privada de sair, de estudar porque os pais não querem simplesmente ou porque não tem dinheiro para isso, e apenas me pergunto: sou assim tão infeliz? Não, não sou.
As coisas mudaram e o tabuleiro está do meu lado embora tu penses que está do teu. Porque eu não desmotivo, moralizo-me, não volto a cair porque nunca cheguei ao chão nem nunca, mas nunca vou esquecer, porque eu perdo-o.
Perdoar não é esquecer, é apenas apagar ligeiramente para que não se repita, e hoje eu sei mais de ti do que alguma vez poderia saber. São ilusões, puras, simples e cruas. Começo a conhecer um universo que não é aquele que conheci e hoje acordei e pensando bem, sempre o soube. Mas o vento é forte, e os nomes que escrevi na areia já estão apagados.
As pessoas passam, mas apenas algumas permanecem. Não sei se será o caso, não sei qual é o teu caso. Mas agora sei que não conheces as pessoas, nem te sustentas na minha linha. Aliás tu não passas a linha da minha meta.
És capaz de Dar? Pois, talvez adiemos a pergunta, talvez nos devemos divertir com outras falsas histórias.
Porque eu hoje sei mais de ti.
Sei exactamente onde se encontra o peão nº5 ou onde está a torre que inicia na parte direita. A rainha essa desapareceu, e o cavalo perdeu-se no G6. Eu sei o teu jogo, sei o teu ritmo. Conheço-te com um promenor que tu não sabes, até porque se soubesses quem eu sou, jamais estarias do outro lado do tabuleiro.
Tudo isto porque precisamos de aprender a dar e a resistir a distâncias, tempos, enfim, problemas. Porque não nos queremos mentalizar do que realmente queremos. Porque a base de tudo é a mentalidade. Só e apenas isso. E a minha não sei se será evoluida, mas não será certamente a tua.
É por isso que um dia mais tarde quero partir como voluntario, conhecer outras pessoas e culturas e dar o valor aquilo que é a vida. AMI, VIDA ou ADDHU. São possibilidades.
Porque a palavra Dar é mais importante. Um dia tu vais perceber e espero que não seja tarde, porque eu já renasci, e assim assino o meu nome com a mesma letra que comecei e assim termino,
O meu nome é Daniel e quero ser feliz.
"In the End"
http://www.youtube.com/watch?v=eVTXPUF4Oz4&ob=av3e

segunda-feira, setembro 12, 2011

Two Towers

11/9

2001, Faro, Algarve, Portugal

É curioso nesse dia estar de férias no Algarve. Não é curioso porque estou cá todos os anos, normalmente. É curioso é estar em Faro. Posso dizer que entrei em contacto com esse mundo que é o terrorismo numa loja de electrodomésticos onde as televisões anunciavam um desastre aereo de um Boeing. Era mais novo, mas não foi esta a minha impressão quando chocou o segundo contra a outra torre. É evidente que um avião que vai com extrema velocidade e com um objectivo de acertar em determinadas vigas do edificio, não pode ser um desastre.
Humor é o facto de ninguém as ter reconstruido e eu já ter visto milhares de vezes, elas a desmoronarem-se. Ou então a fé derrubar edificios mas não mover montanhas.
A evolução da humanidade faz-se por momentos, e este foi um deles. Crescemos mais a nivel de segurança, não só os EUA mas também a Europa e cada um de nós. As pessoas cresceram e estão mais conscientes. É pena que nem todas :)
Mas que interesses políticos estarão por de trás de guerras abertas pelos EUA? Interesses económicos? Segurança Nacional, sim, mas não me convencem apenas com esse argumento.
É preciso repensarmos neste acontecimento, na horrivel sensação de perda e de pânico, de actos aberrantes para a humanidade, mas também nesse majestoso orgulho de ser dono do mundo exibido pelos States. Afinal, foram duas torres que mudaram o mundo?

Talvez haja outros momentos mais certos para o mudar.

quarta-feira, setembro 07, 2011

Até já Florida!

Ninguém me diz o que se passa,
Ninguém me fala da conquista
Ninguém me diz o que me ultrapassa
E põe-me fora da pista.

Diz-me aquilo que me escondes,
Porque eu não sei se possa celebrar
Se vá cair eternamente num abismo
Até a eternidade me levantar.
Eu sei do que falo,
Sei o que tu dizes quando eu calo,
Sei que não me contas o que sabes...
Sei que nada sei, e nada saberei enquanto não me disseres
Que o pior pressentimento é esta ansiedade
E colorido vou ouvindo pelas ruas dessa cidade...

Que cada lágrima é uma cascata,
Que cada sorriso é um mundo.