Linhas cruzadas, ditadas
Ao amanhecer
Alinhavadas no corpo
Dilatas na alma
E ponho finalmente
A virgula assertiva
Que me faltava no meio da oração
E escutar uma canção
Enquanto me inspiro
E descanso pausadamente
O corpo inerte
Desta minha vida de viajante
De alma, de espirito
Duma cabeça ambulante
Uma voz gritante cá dentro
Faz de mim escritor
De um pensamento amante
Do que me resta de dor.
"Se o teu coração é feito de ferro, bom proveito, o meu fizeram-no de carne e sangra todo o dia"
José Saramago (homenagem à sua morte)
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